SETEMBRO
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Manhã:
LOCAL: ANFITEATRO DA FAALC
8H ÀS 10 H
TEMA DA MESA (MATUTINO): EPISTEMOLOGIAS OUTRAS
– POR UMA UNIVERSIDADE ABERTA AOS SABERES DECOLONIAIS
Coordenação e mediação: Angela Guida
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18/09
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TÍTULO DA PALESTRA:
NARRATIVAS (DE)
COLONIAIS – ESTÁ PROVADO QUE SÓ É POSSÍVEL FILOSOFAR EM ALEMÃO?
AUTORA: Angela Guida
TÍTULO DA PALESTRA:
O PENSAMENTO LIMINAR E UMA PESQUISA COM CRIANÇAS: É PRECISO DESCONFIAR
AUTORA: Vivian Nantes Muniz Franco [mestranda PPGEdumat/profa.
Orientadora Dra. Luzia A parecida de Souza]
TÍTULO DA PALESTRA:
DA
MODERNIDADE/COLONIALIDADE À DECOLONIALIADE: VIOLÊNCIAS QUE PODEM PROVOCAR
REFLEXÕES E VICE-VERSA
AUTORA: Bruna Letícia Nunes Viana [mestranda PPGEdumat/prof.
Orientador Dr. João Ricardo dos Santos Viola]
TÍTULO DA PALESTRA:
OLHARES OUTROS SOBRE UMA PESQUISA COM PESSOAS ANALFABETAS
AUTORA: Endrika Leal Soares [mestranda PPGEdumat/profa. Orientadora
Dra. Luzia A parecida de Souza]
TÍTULO DA PALESTRA:
TRABALHANDO
NO CONTRADOMÍNIO DA FILOSOFIA
AUTOR: Rafael Nobre da Silva [mestrando PPGEdumat/prof. Orientador Dr.
Thiago Pedro Pinto]
TÍTULO DA PALESTRA:
A COLONIALIDADE NOS DOMÍNIOS DA LINGUAGEM
AUTOR: Ancel Jupart Quaresma [mestranda PPGEL/profa. Orientadora Dra.
Angela Guida]
TÍTULO DA PALESTRA:
DESCOLONIZANDO GÊNEROS: VOZES FEMININAS
AFRICANAS
AUTORA: Betinha Yadira Augusto Bidemy [mestranda PPGEL/profa.
Orientadora Dra. Angela Guida]
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Tarde
HORÁRIO DA MESA (VESPERTINO): 14H ÀS
15H
TEMA DA MESA: EXTERIORIDADE DOS
SABERES: SABERES LITERÁRIOS, CULTURAIS E FRONTEIRIÇOS
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18/09
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TÍTULO DA PALESTRA:
POR UMA
EPISTEMOLOGIA FRONTEIRIÇA A PARTIR DOS (DES)LOCAMENTOS IDENTITÁRIOS DO POVO
ARARA
HORÁRIO: 14H ÀS 15H
AUTORA: Vania
Maria Lescano Guerra (UFMS)
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PERÍODO
MATUTINO
HORÁRIO DA PRIMEIRA MESA:
8H ÀS 10 H
TEMA DA MESA: EPISTEMOLOGIAS
OUTRAS – POR UMA UNIVERSIDADE ABERTA AOS SABERES DECOLONIAIS
HORÁRIO: 8h às 10h
TÍTULO DA PALESTRA:
NARRATIVAS (DE)
COLONIAIS – ESTÁ PROVADO QUE SÓ É POSSÍVEL FILOSOFAR EM ALEMÃO?
Profa. Dra. Angela Guida
Resumo: Com esta fala,
busco sinalizar e, de certa forma, tentar ressignificar pequenas narrativas do
cotidiano acadêmico nas quais nos enredamos num duplo especular, em que se
alternam movimentos de colonialidade e decolonialidade. Na busca por uma
universidade mais aberta aos saberes descolonizados, vou discutir a relevância
da inscrição de filosofias/epistemologias outras sobretudo em espaços
universitários que se encontram fora do eixo hegemônico.
TÍTULO DA PALESTRA:
O PENSAMENTO LIMINAR E UMA PESQUISA COM CRIANÇAS: É PRECISO DESCONFIAR
Vivian Nantes Muniz Franco [mestranda PPGEdumat/profa.
Orientadora Dra. Luzia Aparecida de Souza]
Resumo: Este artigo, fundamentado pelas leituras
e discussões realizadas na disciplina Tópicos
Especiais em Educação Matemática: Educação
Matemática e Pensamento Liminar, do Programa de Pós-Graduação em
Educação Matemática, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, tem como
objetivo mobilizar diálogos e reflexões em torno das contribuições que o
Pensamento Liminar possa trazer para uma pesquisa com crianças, a qual está em
desenvolvimento. Para isso, optou-se por evidenciar algumas posturas
colonizadoras da infância, a partir de uma pesquisadora colonizada por uma
instituição, por uma questão de pesquisa e, também, atravessada por muitas
inquietações.
Palavras-chave: Pensamento Liminar. Pesquisa com
crianças. Educação Matemática.
DA
MODERNIDADE/COLONIALIDADE À DECOLONIALIADE: VIOLÊNCIAS QUE PODEM PROVOCAR
REFLEXÕES E VICE-VERSA
Bruna Letícia Nunes Viana [mestranda PPGEdumat/Prof.
Orientador Dr. João Ricardo dos Santos Viola]
Resumo: O presente
artigo, desenvolvido para disciplina de Educação
Matemática e pensamento liminar do Programa de Pós-Graduação em Educação
Matemática, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, é uma tentativa de
provocar algumas violências, tendo como pano de fundo discussões sobre
colonialidade e decolonialidade. Para isso, dividi minha escrita em quatro
momentos, em que o primeiro expõe alguns sentimentos meus sobre a disciplina em questão, e os seguintes
são apontamentos teóricos sobre como a modernidade e a colonialidade são
mutuamente constituintes, e a partir disso, como são criadas algumas
fronteiras, em específico fronteiras do ser, do saber, do poder e da natureza.
Por fim, não com intuito de exibir uma solução “salvadora” às violências
mencionadas durante o artigo, apresento uma alternativa outra para se
desvincular das fronteiras criadas pela modernidade.
Palavras-Chaves: Colonialismo.
Fronteiras. Decolonialidade.
OLHARES OUTROS SOBRE UMA PESQUISA COM PESSOAS ANALFABETAS
Endrika Leal Soares - [mestranda PPGEdumat/profa.
Orientadora Dra. Luzia Aparecida de Souza]
Resumo: Este artigo apresenta uma proposta de
discussão sobre minha pesquisa de mestrado, ainda em desenvolvimento, pensada
frente a perspectiva do pensamento liminar, desenvolvida para a disciplina
“Educação Matemática e Pensamento Liminar” do mestrado do Programa de
Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul. As leituras e discussões realizadas no espaço da disciplina me possibilitaram
lançar olhares outros sobre minha
pesquisa, e este artigo consiste em um esforço de refletir sobre esses olhares,
bem como sobre minha postura frente a uma pesquisa com pessoas analfabetas, me
inscrevendo em um espaço de desobediência epistêmica.
Palavras-chave: Colonialidade/descolonialidade;
Pesquisa; Pessoas analfabetas; Educação Matemática.
TRABALHANDO NO CONTRADOMÍNIO DA FILOSOFIA
Rafael Nobre da Silva – [mestrando PPGEdumat/prof.
Orientador Dr. Thiago Pedro Pinto]
Resumo: Este texto é uma tentativa de
organizar algumas ideias baseadas, principalmente, na leitura dos textos de
Santos (2009), Quijano (2005),Mignolo (2017) e Gordon (2017) sobre
colonialidade, pensamento decolonial e desobediência epistêmica, visando
oferecer uma possibilidade de pensamento pós-colonial consideravelmente
diferente do pensamento fronteiriço, mas que compartilha dos mesmos
interesses. O texto inicia com uma exposição de aspectos
históricos da colonialidade, comentando estratégias de legitimação da
discriminação racial e geográfica, bem como argumentando que o “outro”, do
discurso hegemônico, é uma invenção ocidental que aprisiona a maior parte da
população racializada no universo das práticas incompreensíveis. A consequência
lógica desse processo é que o único conhecimento dito “legítimo” é o de
perspectiva eurocêntrica. No que segue, são discutidas possibilidades de
pensamento fora dessa lógica e o contradomínio da filosofia, uma analogia
matematicamente mais sensata do que a ideia de fronteira sentido de separação.
Palavras-chave: Decolonialidade; Gramática;
Mundo.
A COLONIALIDADE NOS DOMÍNIOS DA
LINGUAGEM
Ancel Jupart Quaresma – Guiné-Bissau
[mestrando PPGEL/ profa. Orientadora Dra. Angela Guida]
Resumo: Pretendo
discutir a linguagem como a identidade cultural de um povo e que, na maioria
das vezes, pode ser um forte instrumento de dominação sobre povos colonizados.
Em caso dos países colonizados que adotaram a língua do colonizador como sua
língua de ensino é uma forma clara de dominação. Guiné-Bissau, meu lócus de origem é um pequeno país da África
ocidental, cuja língua de ensino e oficial é a língua estrangeira, no caso, a
língua o portuguesa, mas no cotidiano ela não é a mais falada, apesar de ser
tida como a língua oficial. Gordon, no prefácio do livro Pele negra, máscaras brancas afirma que “a questão da língua também
levanta outras questões mais radicais sobre seu papel na formação dos sujeitos
humanos” (2008, p. 15). A língua reforça os termos raciais, ou seja, ela molda
nossa maneira de ver o mundo na epistemologia eurocêntrica, aquilo que posso
chamar de neocolonialismo linguístico e epistêmico. Frantz Fanon, por exemplo,
argumenta que a língua francesa é vista
como língua de prestígio social e de status
que faz o colonizado se aproximar mais
da metrópole, tendo ela mais valor que a língua nativa do povo da Martinica.
Essa valorização do francês em detrimento da língua nativa da Martinica é a
consequência da colonização, o povo colonizado é tão oprimido e alienado a
ponto de negar sua própria condição de existência, de negar sua língua em
relação à língua do colonizador.
Palavras-chave: Colonialidade; Língua; Cultura
DESCOLONIZANDO GÊNEROS: VOZES
FEMININAS AFRICANAS
Betinha Yadira Augusto Bidemy – Guiné-Bissau [mestranda PPGEL/profa.
Orientadora Dra. Angela Guida
Resumo: Neste trabalho vou discutir as
relações existentes entre gênero e descolonização. Minha discussão parte de
estórias narradas por vozes femininas africanas como as de Odete Semedo,
Chimamanda Adichie e Betinha Yadira. A África tem importância enorme não
apenas em minha pesquisa, mas porque é de lá que provém a maior parte da minha
história e das minhas estórias.Se agora eu posso falar sobre meu país e meu
continente em outro lugar é porque eu enuncio, sobretudo, por meio das minhas
vivências anteriores em África. A respeito dessa questão de lugar, Hugo
Achugar, em Planetassem boca, diz que
“[...] todo discurso é sempre formulado a partir de um lugar que é verdadeiro e
imaginado, concreto e desejado, histórico e ficcional” (2006, p.19). Em vários
países da África, principalmente em Guiné- Bissau, a mulher é relegada a um
lugar de invisibilidade. Eu me lembro quando era criança, as pessoas recebiam
os hóspedes (imigrantes) que vinham de fora, mas só os homens podiam se sentar
na sala com as visitas, as mulheres de casa só os recebiame os cumprimentavam e
depoissaiam da sala e só voltavam para levar algo de comer ou beber para os
homens. Somos excluídas dentro e fora de casa. As mulheres não podem participar
das conversas, de reunião ou até sentar junto do marido para almoçar. Isso só
mostra que nosso dever ou função é cuidar de casa, família e principalmente do
marido e isso tudo ocorre em nome de uma tradição milenar. Diante desse
cenário, meu trabalho pretende problematizar essa forma de colonialidade de
poder.
PERÍODO
VESPERTINO
LOCAL: ANFITEATRO DA FAALC
HORÁRIO: 13H ÀS 14H
TEMA DA MESA: EXTERIORIDADE DOS
SABERES: SABERES LITERÁRIOS, CULTURAIS E FRONTEIRIÇOS
TÍTULO DA PALESTRA:
POR
UMA EPISTEMOLOGIA FRONTEIRIÇA A PARTIR DOS (DES)LOCAMENTOS IDENTITÁRIOS DO POVO
ARARA
Vania Maria
Lescano Guerra (UFMS)
Resumo:O objetivo
desta pesquisa é refletir sobre o processo identitário de indígenas, a partir
da escrita de si em depoimentos veiculados na cartilha ""Povo Arara
(Karo) – A vida acima de tudo", publicada no espaço virtual por ocasião da
"Semana dos Povos Indígenas", realizada de 14 a 20 de abril de 2007 e
organizada por ArtenoSpellmeier, com apoio do Conselho de Missão entre Índios.
Este estudo considera a proposta teórica transdisciplinar, que se apoia na Análise do Discurso de origem francesa, a fim de
investigar marcas de exclusão deixadas pelo período colonial no texto da
cartilha, que influenciam no deslocamento identitário desses indígenas.
Buscamos identificar as múltiplas vozes que perpassam suas subjetividades,
descrevendo as projeções que fazem de si e do outro a partir de uma
epistemologia fronteiriça. Para isso, utilizamos os estudos de Foucault (1992),
de Eckert-Hoff e Coracini (2010), no que diz respeito ao processo de escrita de
si; de Baudrillard (2005) e
Coracini (2011) sobre a escrita do/no ambiente virtual e suas implicações
sociais; e de Walter Mignolo (2003; 2005) que traz o pensamento liminar sobre a
margem como reflexão no intuito de provocar uma ruptura epistemológica que
rechaça a prática estereotipada do discurso nas bordas fronteiriças.